Muitas características individuais podem influenciar no prognóstico de um paciente. Dentre eles, estão os fatores biopsicossociais, que são relevantes para o curso de um episódio de dor lombar. As diretrizes práticas da Low Back Pain – Dor lombar (LBP) destacam a necessidade de os profissionais (médicos e fisioterapeutas) considerarem essas influências ao examinar seus pacientes.
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Embora muitos pacientes que vivenciam um episódio agudo de dor lombar, melhorem em um curto prazo, alguns poderão resultar em problemas crônicos ou recorrentes, gerando dessa forma altos custos em tratamentos, perda de produtividade no trabalho e redução da qualidade de vida.
É cada vez mais reconhecido que, para melhorar o raciocínio clínico e reduzir a variabilidade do tratamento, são necessárias várias abordagens complementares que caracterizem as diferentes maneiras pelas quais os fatores psicossociais influenciam a resposta ao tratamento. Essas abordagens incluem o desenvolvimento e aperfeiçoamento de ferramentas de triagem, no momento da avaliação, que ajudam a identificar pacientes com altas pontuações em fatores prognósticos.
As abordagens de triagem tendem a classificar todos os pacientes em um grupo de risco e são capazes de discriminar grupos distintos para os quais novos tratamentos multidisciplinares podem ser desenvolvidos. As ferramentas de triagem também têm pontos fortes na tomada de decisões antecipadas e na determinação da necessidade de cuidados adicionais ou do tipo geral de cuidados indicado, mas acabam sendo limitadas porque, diferentemente dos auxílios à decisão, são incapazes de determinar as intervenções específicas mais eficazes a serem aplicadas a um indivíduo.
À medida que esses métodos complementares se tornam mais claros, é recomendável que a pesquisa se concentre no uso do conhecimento combinado de preditores, mediadores e modificadores para fornecer ferramentas clinicamente úteis. Pessoas com dor lombar são uma população heterogênea de pacientes, e é provável que pesquisas para limitar essa heterogeneidade através da identificação de subgrupos, reduzam bastante a variabilidade do tratamento. As ferramentas de triagem são úteis apenas na identificação do status de risco e não na correspondência dos pacientes com tratamentos específicos. O status de risco é útil no raciocínio clínico sobre priorização de pacientes e nas decisões de encaminhamento para cuidados adicionais.
As regras de previsão são úteis na determinação de quais intervenções específicas aplicar ao indivíduo desde o início, e os mediadores do tratamento podem ser úteis na determinação de quais ferramentas de monitoramento do paciente usar ao longo do tratamento e no conhecimento de quais aspectos do tratamento devem ser fortalecidos. Dessa maneira, o conhecimento das influências psicossociais na resposta ao tratamento poderá ser traduzido em ferramentas clínicas práticas que ajudam a reduzir a variabilidade do tratamento e a fornecer cuidados baseados em evidências.
Texto: Ft. Diego Antonio
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