Quem tem labirintite pode praticar exercícios físicos?

Na última semana, muitas pessoas intensificaram as pesquisas na web usando o termo labirintite devido aos acontecimentos na mídia. Embora a labirintite seja uma doença comum, existem muitas dúvidas que a cercam. Vamos te deixar por dentro!

A doença pode ser causada por problemas de origem respiratória, como bronquite e rinite, infecções virais, como gripes e resfriados, herpes, infecções por bactérias, como otite e meningite, estresse e ansiedade.

Com relação aos sintomas da libirintite, podemos citar: náuseas, suor excessivo, perda da audição e zumbido no ouvido. Os sintomas começam 3 a 4 dias após o início da inflamação e podem durar minutos, horas ou dias, dependendo da causa e do tratamento. A fase aguda costuma aparecer de repente.

Sobre os fatores de risco, vale se atentar:

  • idade acima dos 40 anos;
  • glicose baixa no sangue;
  • triglicérides;
  • colesterol alto;
  • hipertensão;
  • diabetes;
  • otite;
  • alcoolismo;
  • tabagismo;
  • uso de alguns medicamentos que causam estresse
  • má alimentação.

É comum as pessoas acharem que qualquer vertigem é causada pela labirintite, e isso é um grande engano. Outras doenças, como diabetes, hipertensão e esclerose múltipla, causam sintomas parecidos, podendo confundir o paciente. A avaliação clínica e o exame otoneurológico devem ser feitos para diagnosticar a enfermidade, assim como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética também podem ser muito úteis no diagnóstico final.

A avaliação clínica e o exame otoneurológico devem ser feitos para diagnosticar a labirintite


O tratamento para labirintite deve ser prescrito por um médico após saber as causas do problema. Para infecções bacterianas e virais, são receitados antibióticos e antivirais respectivamente. Já para a labirintite de fundo emocional, deve-se tratar a causa do estresse e da ansiedade. Em ambas, também são prescritos medicamentos para amenizar os sintomas. Além disso, algumas orientações são prescritas para ajudar a amenizar os incômodos e diminuir a reincidência da enfermidade, como beber muito líquido, fazer dieta alimentar e ficar em repouso num ambiente silencioso e escuro.

Atividade física piora ou melhora a labirintite?

Quem sofre deste problema vê o mundo girar ao menor esforço. Por isso as pessoas tendem a ficar inseguras ao praticar exercícios físicos, especialmente aqueles que exigem movimentos bruscos. Sim, é verdade que um desgaste físico pode facilitar o aparecimento dos sintomas. Mas, ao mesmo tempo, as atividades físicas também podem prevenir as crises. Ou seja, é possível mexer o corpo sem ser afetado pelos incômodos típicos da condição, basta que ele esteja preparado.

Durante as crises, a princípio, o repouso é indicado (como já mencionado neste artigo) , porém, um dos tratamentos mais tradicionais é a chamada reabilitação vestibular., que consiste na prática de exercícios específicos que visam devolver o equilíbrio ao labirinto.

Uma vez que se descobre a origem da labirintite, a atividade física como terapia pode ser mais leve ou pesada, dependendo da condição de saúde geral do paciente. Os sedentários devem começar devagar, com exercícios que não exijam mudanças bruscas de posição, como uma simples caminhada na rua ou bicicleta na academia. Com o tempo, o labirinto vai se regulando e aí dá para começar a se aventurar em modalidades mais intensas.

Depois de um período de adaptação, não há contraindicações. Uma vez que está treinado, o corpo consegue se preparar e até prever situações de risco gradativamente. Mas, para chegar a este nível, é necessário persistência e paciência, além de um bom tempo sem sentir os sintomas. O paciente pode começar com os exercícios previsíveis, como musculação, treinos funcionais e Pilates.

Gostou desta matéria?
Lembre-se que exercícios físicos devem ser realizados com responsabilidade e com a prescrição de um fisioterapeuta e/ou educador físico capacitado. E nós temos a melhor estrutura na Academia da Coluna Vertebral.